5.11.08

Pinhole sem rede

Uma câmara pinhole artesanal carregada com papel fotográfico, só realiza uma imagem de cada vez. Por essa razão, a generalidade dos praticantes de fotografia estenopeica só criam as suas imagens nas proximidades de um laboratório fotográfico. Isso permite-lhes realizar um maior número de imagens em cada sessão, e em caso de erro pode-se tentar de novo imediatamente.


S. Mamede, câmara pinhole artesanal, 50 '' de exposição.

Nesse sentido, viajarmos 11 km com uma câmara pinhole carregada dentro do carro, é o equivalente a uma pequena aventura fotográfica. A auto-responsabilização é maior; a atenção aos detalhes técnicos; a escolha precisa do melhor ponto de vista... tudo isso constitui uma experiência fotográfica mais rica, e se os resultados forem bons, tudo resultará numa vivência muito gratificante. Contudo, se o resultado não for do nosso agrado também pode ser um pouco mais frustrante do que o habitual. Como em tantas coisas na vida, é preciso arriscar para petiscar.
Na fotografia acima, o resultado, não sendo mau, também não é totalmente satisfatório, uma vez que o objectivo era registar uma imagem do marco geodésico e da sua implantação no afloramento rochoso. Infelizmente a pontinha do marco ficou cortada, comprometendo assim o trabalho realizado...
Teremos de lá voltar para repetir a imagem... o que neste caso é óptimo, porque a Serra de S. Mamede é um lugar privilegiado em múltiplos aspectos. Ir lá, seja com que pretexto for (e se for para fotografar) é sempre um tempo bem empregue.

imagem: Rui Cambraia